O ano era 1995 e Mortal Kombat foi só alegria em sua trajetória recente. Seu segundo jogo ainda estava na onda do sucesso das versões caseiras, o terceiro foi lançado nos arcades, o filme se mostrou uma bela surpresa para todos os públicos (minha mãe foi assistir, mas essa é história pra outro dia) e 7 meses depois da chegada de MK3 apareceu a sua expansão Ultimate, que veio fechar a conta.

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De forma básica, o complemento trouxe tudo o que faltava: homens e mulheres ninja de várias cores, pequenos ajustes no sistema de combos, cenários novos, mistérios para serem desvendados e, por incrível que pareça, conseguiram algumas inovações.

Contudo, uma das coisas que considero até esquisito não ter continuado na série ou ser copiada por outros jogos são os tesouros que podemos escolher ao terminar: assistir ao final ou lutar contra Shao Kahn de novo? Ou contra Noob Saibot? Ou Ermac? Ou os dois ao mesmo tempo? Seja qual for a sua escolha, lembre-se de ganhar a luta no tempo pra causar aquele bug que faz o jogo reiniciar na primeira fase e continuar uma nova partida ainda com a mesma ficha infinitas vezes.

Os novos modos de jogo também eram inovadores: jogo normal, duplas ou o campeonato de 8 jogadores que – infelizmente – nunca foram muito usados, pois era preciso colocar 4 ou 8 fichas de uma vez só para jogá-los. Na luta em duplas, um ponto alto foi a volta do Endurance de MK1, por outro lado o campeonato de 8 jogadores tem jeito de ser baseado no mesmo torneio de Super Street Fighter 2.

Em sua vantagem, UMK3 não precisava de várias máquinas interligadas e através dele era revelado o último tesouro: Supreme Demonstration, aquele em que todas as finalizações eram mostradas.

Ultimate Mortal Kombat 3 acabou sendo a cara da série até a chegada do quarto capítulo anos depois, em 1997: até lá os sistemas caseiros receberam suas versões (menos o PlayStation).

Mortal Kombat Trilogy foi feito a partir desta versão e anos depois outras apareceram para o Game Boy Advance e o Nintendo DS e, curiosamente, enquanto o de GBA é considerado um dos piores jogos da história, o port para DS foi um dos melhores e bem próximo do arcade. Existe ainda uma versão para iPhone toda feita em 3D pela Electronic Arts (!) que merecia mais atenção do que recebeu.

Uma trajetória e tanto, então, só nos resta dar os parabéns para Ultimate Mortal Kombat 3, pelos 23 anos de muita luta e sanguinolência!

Imagem da cover por Jhonatas Batalha.