Créditos: WarpZone

Nosso papo essa semana é sobre um dos maiores clássicos da era 16-bit: Teenage Mutant Ninja Turtles 4: Turtles in Time! Muita pancadaria e pedaços de pizza fizeram desse game um dos mais amados do Super Nintendo. E comigo não foi diferente. Vamos viajar no tempo e trocar uma ideia sobre essa aventura? Pizza Power!

As tão esperadas férias…

O mês de julho sempre foi uma festa pra mim. Primeiro por ser o mês do meu aniversário. Segundo, por ser o período em que eu entrava de férias escolares, e poderia jogar videogame até cair os dedos. Além disso, ver desenhos na televisão era um ritual diário nesse período. E é aqui que nossa história começa.

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Sempre gostei muito de assistir desenhos, e faço isso até hoje. Por outro lado, um em especial me chamava a atenção. Eram as Tartarugas Ninja! Cara, que desenho maravilhoso! Pode até ser que, caso eu assista hoje, encontre uma série de problemas. Mas na minha memória afetiva, aquilo era simplesmente sensacional.

Caso não saiba, as Tartarugas Ninja deram as caras a primeira vez nos quadrinhos em 1984, criado por Peter Laird e Kevin Eastman. Aqui no Brasil, o sucesso veio mesmo com a exibição do desenho animado dublado pelo estúdio Herbert Richers. Com isso, uma imensa leva de fãs foi criada a partir dali.

Eu ficava esperando a hora que passariam as aventuras de Leonardo, Michelangelo, Rafael e Donatello na TV. Os personagens eram muito cativantes, sem contar aquela dublagem clássica que me faz rir até hoje! E muito do que me fez gostar tanto das tartarugas foi aquele clássico filme da sessão da tarde, que tenho certeza que você deve ter visto. Se não viu, corra atrás!

Vai uma pizza de calabresa aí?

Pizza Time!

Mas você deve estar se perguntando: e onde entram os games nisso tudo? Pois bem, vamos ao que interessa. Na época, eu tinha um Super Nintendo. Não era meu primeiro videogame, pois eu havia herdado um Atari do meu primo, que em pouco tempo pifou e meus pais fizeram a proeza e jogar fora! Sim, meus pais JOGARAM FORA! Entretanto, o Super Nintendo foi o primeiro que ganhei sendo meu, sem ser herdado de ninguém, e a história de como ganhei esse console eu trarei pra vocês em um próximo bate-papo.

Era chegada a tão esperada sexta-feira. Corri pra locadora com um amigo, e lá encontramos um cartucho que nunca tinha visto por lá. Era um cartuchinho pirata multi-jogos, que possuía 7 jogos na memória. Não lembro ao certo quais eram todos eles, mas um em especial me chamou a atenção. “Caracas, tem um jogo das tartarugas ninja!“, exclamei pro meu amigo. Era o Teenage Mutant Ninja Turtles 4: Turtles in Time. Nunca havíamos jogado aquele game, mas na mesma hora decidimos que seria esse cartucho o escolhido, pois a vontade de conhecer aquele jogo era simplesmente enorme.

Arte da capa do game em sua versão americana: meio psicodélico né?

Na época, eu não sabia da existência dos títulos anteriores das tartarugas. Somente um tempinho depois fui conhecer e me apaixonei por todos. Então, Turtles in Time acabou criando um lugar especial em meu coração. Lembro que, ao chegarmos em casa, espetamos o cartucho no meu Super Nintendo, e foi amor à primeira vista! Jogamos o fim de semana inteiro aquele que se tornaria um dos meus jogos favoritos de todos os tempos. Mas e você, já jogou esse clássico?

Santa Tartaruga!

Teenage Mutant Ninja Turtles 4: Turtles in Time é um jogo estilo beat’n up, conhecido popularmente como “briga de rua”, lançado pela Konami em 1991 para os arcades, e portado para o Super Nintendo em 1992. O jogo trazia as tartarugas em uma aventura que envolvia muita ação, pancadaria e viagem no tempo, com a possibilidade de se jogar com 4 players simultaneamente nos fliperamas.

A versão de SNES era mais simples, não permitia os 4 jogadores, mas apenas 2, e nem por isso ela foi menos divertida. A equipe de desenvolvimento conseguiu levar praticamente toda a diversão das máquinas  para dentro de nossa casa. Músicas muito bem arranjadas, gráficos que até hoje surpreendem quem os vê, uma jogabilidade de co-op capaz de trazer muitas horas de diversão, mesmo o jogo tendo uma campanha bem curta. Você se envolve tanto com o game que dificilmente não o jogará novamente inúmeras vezes.

“Não vem querer minha pizza não, mané!”

Entendendo a história

O enredo do game segue a linha do que era visto nos brigas de rua da época, com uma história bem simples para tentar dar uma justificativa de sairmos dando soco em todo mundo. Em uma certa noite, as tartarugas e o mestre Splinter estavam vendo o noticiário na TV enquanto comiam uma boa pizza de calabresa (a melhor pizza de todas heheh). Sua amiga April O’Neil estava ao vivo em uma reportagem próximo à Estátua da Liberdade. Até que, inesperadamente, a estátua é sequestrada por Krang, um dos capangas do “Clã do Pé”.

“Volta aqui, devolve nossa estátua!”

As tartarugas ficam espantadas, e no mesmo instante a transmissão é cortada. Em seguida, na telinha aparece o Destruidor, o líder do Clã do Pé e vilão da história. As tartarugas então decidem ir em busca da Estátua da Liberdade para tentar trazê-la de volta e restaurar a paz em Nova York.

Ao chegarem na base do “Clão do Pé”, as tartarugas se veem diante do Destruidor. Uma batalha se inicia, e as tartarugas conseguem derrotá-lo, mas não vencem a batalha. O vilão envia as 4 tartarugas para uma viagem no tempo, e só resta aos nossos amigos de casco tentarem encontrar o caminho de volta pra casa, antes que as pizzas do jantar estraguem.

“Eu não quero viajar no tempo!!!”

Posso confessar a vocês que poucos jogos me divertiram tanto, em um modo co-op, como Turtles in Time. Até mesmo jogando sozinho você consegue dar bons sopapos e rir um bocado das animações das tartarugas. E esse é um dos pontos fortes do game. Cada tartaruga possui uma animação própria e que condiz com sua personalidade e estilo de luta, fazendo com que tudo fique ainda mais divertido. Além disso, gráficos muito coloridos e músicas que grudam em sua cabeça completam a estrutura desse clássico.

Trilha sonora

Por falar em música, como de costume trago pra vocês a minha trilha preferida do jogo. A música da fase “Technodrome: Let’s Kick Shell” tem uma pegada bem anos 90, trazendo ao jogo uma dinâmica de ritmo bem legal. A trilha sonora original foi composta por Mutsuhiko Izumi, mas a versão do Super Nintendo foi composta pela dupla Kazuhiko Uehara e Harumi Ueko. Aumentem o volume e apreciem sem moderação!

Cowabunga!

Tartarugas Ninja sem dúvida faz parte da vida daquela geração que cresceu assistindo os desenhos e filmes da franquia. E eu perdi a conta de quantas vezes eu aluguei aquele cartuchinho multi-jogos pra jogar aquela aventura no meu Super Nintendo. Anos depois, enfim consegui comprar meu próprio cartucho, e ele está ali, guardadinho. Sempre que a nostalgia bate, eu ligo o meu Super Nintendo e, assim como as tartarugas nesse game, viajo no tempo.

Recentemente, andando pela internet, me deparei com uma noticia que trouxe um quentinho aos corações dos fãs das tartarugas. Um novo jogo está sendo produzido, com gráficos e animações que remetem ao estilo de Turtles in Time. Teenage Mutante Ninja Turtles: Shredder’s Revenge deverá sair pra todas as plataformas atuais. Confesso que, quando vi o trailer, senti aquela mesma sensação que sentia ao alugar aquela fitinha lá nos anos 90. E espero ansioso para que o jogo seja tão legal quanto foi seu antecessor espiritual. Tomara que não esteja enganado.

Novo jogo das tartarugas que sairá em breve. Eu preciso jogar esse game!

Aqueles bons tempos se foram, as férias de julho nunca mais foram as mesmas, no entanto o amor por nossos amigos de casco continua mais forte a cada dia. E ver que coisas boas das tartarugas ainda estão por vir nos trazem de novo alegrias de outrora. Onde quer que haja um bom jogo das tartarugas e uma saborosa pizza, as memórias daqueles bons tempos estarão vivas. Cowabunga!

Se você chegou até aqui, muito obrigado! Cada texto é feito com muito carinho! E espero vocês no nosso próximo texto, pra batermos um novo papo sobre jogos velhos. Até mais!