O ano de 2018 tem sido um ano conturbado para a Steam, a atual maior loja de jogos digitais. Centenas de games são publicados todos os meses na plataforma, entretanto a maioria é avaliada como de péssima qualidade.

Alguns desses não rodam em nenhuma máquina, outros foram feitos a partir de um tutorial de programação e, por fim, nesse ano foi encontrado um que usava o computador do usuário para minerar criptomoedas. Essa grande quantidade de lançamentos sufoca a venda de jogos sérios, causando grandes problemas para estúdios independentes. É nesse cenário de “queda do titã” que jogadores e desenvolvedores passam a olhar com mais carinho outras plataformas de venda como o GOG, Nuuvem, Humblestore e Twitch (que lançou sua loja digital em 2017).

PROPAGANDA

Um novo grupo está querendo participar deste mercado: Discord, empresa criadora do aplicativo de conversas para jogos de mesmo nome. Segundo o blog da empresa, a ideia é que haja uma curadoria na loja digital e, dessa forma, apenas jogos aprovados por esta aparecerão no site. Além disso, alguns games serão temporariamente exclusivos para a plataforma, agregando valor para a nova loja frente aos seus concorrentes.

A empresa também pretende lançar em breve um serviço de assinatura em que os usuários terão acesso a um catálogo de games para serem baixados. No blog, essa funcionalidade foi descrita como “Um Netflix para jogos”.

Discord irá criar uma biblioteca geral para os jogos de seus usuários. O software irá escanear os games instalados em seu computador (independente de onde eles foram comprados) e criará uma página que facilitará o seu acesso a eles. Isso mostra um bom preparo da plataforma nessa nova época em que os gamers não irão mais comprar exclusivamente de um único lugar.

Atualmente, a loja está em versão beta para 50 mil usuários canadenses e ainda não há previsão para o lançamento. A Discord Store não será a única nova concorrente da Steam. O site Kongregate anunciou em maio que lançará um misto de loja e rede social Kartridge.