Street Fighter II foi um marco na história dos videogames, a ponto de, segundo Daigo Umehara, levar pessoas no Japão a abandonarem seus empregos para abrir fliperamas.

O sucesso do jogo resultou em diversos ports para plataformas como Super Nintendo, Mega Drive, 3DO, PC Engine, Game Boy, Amiga e até uma versão brasileira para o Master System, desenvolvida pela Tec Toy.

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No entanto, uma plataforma em particular nunca recebeu um port oficial, por motivos compreensíveis: o Philips CD-i. Esse console, conhecido por sua história conturbada, surgiu após a Nintendo desistir de um projeto de dispositivo com CD em parceria com a Philips – uma decisão que veio após outra desistência com a Sony, que acabou levando ao nascimento do PlayStation. O CD-i ficou marcado por jogos peculiares e de qualidade questionável, como as infames versões de Zelda e Mario.

Mas a comunidade gamer, conhecida por realizar feitos que a indústria nunca se colocou para fazer, entrou em ação. O desenvolvedor Frogbull, famoso por criar ports improváveis, decidiu trazer Street Fighter II para o CD-i. Conforme relatado pelo site Time Extension, o projeto foi batizado de Street Fighter II: Interactive Edition e agora roda em um dos consoles mais curiosos da história dos videogames.

Para fazer o jogo funcionar no Philips CD-i, Frogbull precisou realizar várias adaptações. Os sprites dos personagens foram reduzidos significativamente, ficando bem menores que nas versões tradicionais, e o desempenho do jogo é consideravelmente mais lento, comparável ao famoso port pirata de Street Fighter II para o NES. Apesar das limitações, o jogo roda de forma surpreendente no console, considerando as restrições técnicas do CD-i.

Ainda não há informações sobre possíveis atualizações ou melhorias para o port. No entanto, ajustes futuros poderiam tornar a experiência ainda mais impressionante, elevando o nível desse projeto que já é, por si só, um feito notável para os fãs de retrogaming e da história dos videogames.