Apesar do mundo dos games mudar muito com o passar dos anos, alguns conceitos sempre permanecem. Um deles envolvem os controles, que embora sempre contem com as fabricantes buscando boas ideias para seus projetos originais, sempre contam com opções de outros fabricantes, buscando melhorar um elemento ou outro da jogabilidade.
Hoje em dia, temos controles desta natureza de fabricantes como a Razer, Nacon ou HyperX, entre outras opções. Mas, no passado, quem oferecia opções diferenciadas para o jogador brasileiro eram marcas como a Dynacom, a Still e a Quick Shot, que assim como a SEGA, possuía parceria com a Tec Toy, para ser comercializado em nosso país.
Assim, para mostrar as opções disponíveis, além de esclarecer dúvidas sobre os vários controles disponíveis naquela época, a Ação Games número 8, de dezembro de 1991, apresentou um guia detalhado sobre os “joysticks” mais “radicais” daquela época.
Vale lembrar que eram dias de clones de NES, ou seja, tínhamos um mesmo sistema rodando nos mais variados consoles, e controles. E isso rendia confusão na cabeça de muita gente, especialmente para os pais, que comprariam os videogames mas não faziam ideia de como funcionavam eles.
Na matéria, era explicado que o “joystick é o melhor amigo do fera”, trazendo os mais variados controles variados estilos, em uma época em que havia mais liberdade em design. A Dynacom aparece na matéria com dois manches, o Jet Control e o Competition. Já a Still aparece com o Powertron, enquanto a Quick Shot, com a Tec Toy, aparecia com quatro opções: um manche, um controle sem fio, um no formato asa e outro no estilo arcade.
Quase todos eles eram compatíveis com o Master System, enquanto o manche da Dynacom tinha como foco o mundo “clone de NES”, e o Powertron, que era o mais compatível, incluindo até o Atari 2600.
Os “pilotos” da revista testaram os controles, deixando suas opiniões. Christian, Ioiô, Marcelo, Ricardo e Rodrigo avaliaram os controles, deixando suas opiniões positivas para todos, exceto o Powertron, que era “um pouco duro”, de acordo com Marcelo.
A revista ainda falaria dos estilos diferentes de “joysticks”, já que os clones de NES, que contaremos a história deles em nosso Definitivo Clones, eram muitos. Então a revista resolveu colocar “pingos nos is”. A revista trouxe o controle de Mega Drive e Master System, mostrando seus botões e possibilidades. E diferenciou os controles de Phantom System, Hi Top Game, Bit System, Dynavision III e Top Game, que são baseados em NES, mas contam com designs diferentes.
Lembra do controle “ao contrário” do Top Game? E do Dyanavision III, que era em forma de manche? O do Bit System já vinha com botões turbo junto aos normais de NES, o que mostrava que cada um queria se diferenciar do outro até no formato, tentando atrair compradores com suas ideias.
Este é mais um de muitos outro conteúdos oferecidos pelas revistas de videogame do Brasil, que marcaram a vida de muita gente. E nós da WarpZone vamos contar a história da Ação Games e de muitas outras revistas através de um documentário, feito em parceria com a ZeroQuatroMedia.
Iremos trazer dezenas de horas de entrevistas exclusivas com alguns dos maiores jornalistas, editores e membros da indústria de games do Brasil. Redatores das revistas Ação Games, Videogame, Super GamePower, Gamers, Nintendo World e tantas outras contam algumas das maiores histórias, desafios e obstáculos deste mercado. Além de conversas e histórias com alguns dos principais contribuidores de games no Brasil nos anos 1990 e 2000.
Para saber mais, e colaborar, é só acessar o site da campanha. A partir de R$ 50, você vai levar o DVD com o vídeo. E a partir de R$ 100, você apoiará o projeto e já terá direito a levar o Blu-Ray. Confira um pouco da nossa iniciativa no trailer abaixo: