Herodes é um jogo “de navinha”, assim como R-Type e tantos outros, mas com uma abordagem intrigante que troca a grandiosidade pelo mundo micro. Pois ao invés de levar a ação para o espaço infinito e suas múltiplas galáxias, o jogo se passa dentro do corpo humano, para ser mais específico.

Feito pela TecnoloGils e distribuído pela QUByte, o game se inspira muito nos jogos clássicos, porém apresentando uma forma diferente de se jogar, além de buscar evoluir um pouco o gênero, para não aparecer apenas como uma “cópia” simplista dos jogos daquela época.

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A sinopse do jogo explica bem essa situação:

Estamos no ano de 2197. A humanidade está mais próxima da imortalidade do que nunca – não há doença que não possa ser curada, nenhum vírus que não possa ser derrotado. Até agora. Você usará tecnologia avançada para encolher e caçar um novo e misterioso vírus que não pode ser derrotado de outra forma.

É aí que entra o jogador, que toma uma espécie de “pílula de nanicolina” e adentra o corpo de uma pessoa infectada para enfrentar o temido vírus. A ideia é bastante interessante, pois jogos como R-Type também apresentam cenários repletos de “coisas estranhas”, representando, neste caso, os diversos mundos alienígenas.

Por isso, Herodes oferece um ambiente familiar, mas com a originalidade de não ser um planeta, e sim as entranhas de um indivíduo, que é o local da ação. Isso significa que você estará salvando o mundo e lidando com ameaças que um médico enfrentaria, mas com sua nave combatendo vírus e outras ameaças.

Além disso, é um incrível shoot ’em up, como nos velhos tempos. Apenas um pouco menos caótico do que os jogos clássicos, o que facilita para os iniciantes, que podem desfrutar do jogo sem sofrer tanto quanto nos jogos que foram projetados para tirar todas as suas moedas.

No entanto, isso não significa que o jogo seja fácil. Podemos dizer que a dificuldade é justa, pois o jogador pode progredir e dominar as seis fases, ajudando o paciente de várias maneiras, adquirindo poderes especiais úteis contra chefes e inimigos. Tudo melhora com o tempo, mas no início, você pode suar um pouco mais, especialmente se estiver enferrujado com o gênero.

O interessante é que cada fase se passa em um órgão específico. E sério, nunca pensei que jogaria dentro do coração ou do estômago de alguém. Isso traz uma variedade interessante na jogabilidade. Por exemplo, o coração é frágil, o que impede que você atire como um louco, pois poderá matar o próprio paciente em vez de resolver o problema, enquanto o estômago é escuro e exige mais desvios por parte do jogador do que tiros diretos.

Enfim, Herodes é um excelente shoot ’em up que cumpre muito bem o seu papel. É um jogo muito competente, com uma premissa criativa que traz uma abordagem nova para o gênero. A ideia de utilizar o corpo humano como cenário foi bem explorada e, embora o jogo seja mais desafiador do que parece no início, aqueles que se dedicarem a ele poderão aproveitar tudo sem grandes problemas.

Herodes já está disponível para PC, Nintendo Switch, consoles Xbox