Nos anos 90, houve uma inundação de games de luta. “Culpa” de nomes como Street Fighter, Mortal Kombat e The King of Fighters, que levaram legiões de jogadores aos fliperamas, todos dispostos a gastarem dinheiro com fichas para aprenderem novos combos e golpes especiais.

Por causa disso, muitos games não alcançaram o brilho desejado. Mas não é por causa disso que os games são ruins. Caso de Martial Masters, game feito em Taiwan e lançado em 1999 para os arcades, chegando ao Ocidente no ano seguinte.

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Feito pela IGS e publicado nos EUA pela Andamiro, uma publicadora sul-coreana, o game se inspira nos filmes de artes marciais de Hong Kong, o que inclui, por exemplo, “O Mestre Invencível”, estrelado por Jackie Chan. Já para o game em si, é nítido perceber que as inspirações em Street Fighter III, com animação e visuais semelhantes.

O game traz 12 lutadores, com tudo o que a cartilha do gênero dita: movimentos especiais próprios e estilos de luta particulares, para que cada um traga sua experiência própria de luta. Os movimentos incluem arremessos, ataques aéreos, ataques terrestres, provocações, teletransporte, recuperação, movimentos de artes marciais, movimentos especiais e movimentos super especiais.

O game também conta com contador de combos, movimentos de pressão, recuperação de ataque através de rolagem no chão, um flash attack que contra-ataca seu oponente e dois shadow attacks.

A história do game também segue “a cartilha”, trazendo uma China no final da dinastia Qing, a última do país. Com a população desiludida com seus governantes, muitos se voltaram à religião. Neste cenário, a Seita do Lótus Branco chegou reinvidicando o status de “salvadores”, oprimindo tudo ligado ao mundo ocidental, e prendendo todos os que eram contra seus princípios.

O Dragão da Martial Masters e o Mestre Huang de Po Chi Lam não aceitaram a opressão, então eles se uniram para evitar muito derramamento de sangue. Só que em meio às tensões, o Mestre Huang foi capturado ao tentar um acordo de paz, o que escalou o confronto para os combates apresentados no game.

Todos os personagens contam com alguma inspiração a algum filme de artes marciais de Hong Kong, e agrada em todos os sentidos. Apesar de ser um game desconhecido de um estúdio desconhecido, o game surpreende positivamente e é sim uma ótima opção para o gênero.

O seu único problema, no entanto, foi o tempo. Lançado na hora errada, em um momento no qual jogos de luta já não tinham o mesmo apelo de antes, o game poderia ter sido lançado pelo menos uns dois anos antes, ou diretamente para consoles, local onde o game jamais chegou.