As locadoras de videogame estão na memória de quem viveu os anos 80 e 90, sem dúvidas. Quantas histórias já tivemos envolvendo esses locais que não saem das nossas memórias? Tempo bom demais.

O entrevistado de hoje é Abrahão Christophe, autor do livro Memorial Locadoras & Fliperamas, e será sobre esse assunto que iremos conversar, relembrar e sentir saudades juntos.

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[intense_alert]IMPORTANTE: As opiniões das respostas abaixo são de responsabilidade unicamente do(s) entrevistado(s).[/intense_alert]
Abrahão, divulgando o seu livro

1 – Como e quando surgiu a ideia pro livro?

Sou professor de programação e tenho muitos alunos na faixa de 14 a 17 anos. Durante uma aula, propus um exemplo no qual os alunos deveriam criar um programa para gerenciar uma locadora. Muitos vieram me perguntar o que era uma locadora e como funcionava, pois eles não sabiam. Percebi que muitas crianças e jovens desta geração nunca tiveram contato com aqueles ambientes que eram tão comuns nos anos 90/2000.

Outra inspiração foram os livros do Ítalo Chianca, autor norte-rio-grandense, de São José do Seridó, que conta muitas histórias daquela época vivenciadas dentro e fora das locadoras de games de sua cidade.

Durante muitos anos escrevi em um blog pessoal de assuntos variados, onde também contava histórias vivenciadas na minha infância e adolescência. Mas como o blog já estava abandonado há muito tempo, optei por escrever as histórias em formato de livro.

2 – Entre as histórias comentadas no livro, qual foi a sua preferida?

São muitas memórias marcantes, é bem difícil escolher uma só. Mas como o tema é sobre locadoras, vou escolher a primeira vez que vi uma locadora, ou algo que se aproximava de uma. Aconteceu no final dos anos 80. Na cidade onde eu morava, no mês de dezembro sempre acontece a festa da padroeira.

Numa das barracas da festa vi uma TV ligada a um Odyssey e outra a um Atari. Pagávamos alguns centavos e podíamos jogar uma partida, até dar Game Over. Um tempo depois, me tornei amigo do dono daquela barraca, trocamos cartuchos e consoles, e temos amizade até os dias atuais.

Um exemplar do livro Memorial Locadoras & Fliperamas

3 – Muitas histórias ficaram de fora?

Escrevi praticamente tudo o que eu lembrava sobre as locadoras que frequentei, mas, conversando recentemente com amigos daquela época, muitas outras histórias voltaram à memória. Além das minhas, mais de 40 colaboradores participaram compartilhando suas histórias, entre eles: ex-proprietários de locadoras, antigos funcionários e clientes. Todas elas estão no livro, mas tenho ouvido muitas histórias novas sempre que converso com alguém que viveu aquela época.

A paixão pelos videogames vem desde sempre

4 – Quais os seus planos futuros agora, alguma outra publicação em mente?

Como o lançamento do livro Memorial Locadoras & Fliperamas aconteceu agora em agosto de 2019, no momento estou focado na divulgação deste material. Tenho muitas outras histórias para contar, não apenas sobre locadoras, mas sobre tantos outros jogos e consoles que tive desde a infância até a vida adulta. São lembranças marcantes que certamente foram vividas por muitas pessoas pelo país inteiro. Aos poucos irei registrando cada uma delas, e quando chegar a hora, compartilharei as novidades.

5 – Como nossos leitores podem encontrar o livro para comprar?

O livro está disponível para venda em formato digital, na loja da Amazon, podendo ser lido gratuitamente por quem é assinante do serviço Kindle Unlimited. A versão impressa pode ser adquirida diretamente no meu site, ou entre em contato por e-mail ou redes sociais. A tiragem foi bem pequena, então, quem desejar um exemplar impresso, é bom se apressar.

PERFIL DO ENTREVISTADO

Abrahão Christophe Bezerra Lopes nasceu no ano de 1980, em Mossoró – RN. Desde os primeiros anos de vida se encantou com os jogos eletrônicos que seu pai trazia para casa. Ao longo dos anos, acompanhou a evolução dos consoles desde o Odyssey até a geração atual. É professor de programação no Instituto Federal do Rio Grande do Norte e já realizou outros projetos sobre games, como o Museu do Videogame de Mossoró, que durou de 2012 a 2014. É casado, pai de uma menina e um menino, e diverte-se com toda a família em passeios, assistindo filmes e, claro, jogando muitos games.

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