Tim Stamper, cofundador da Rare, trouxe um item muito especial de seu acervo, para comemorar a chegada de Tears of the Kingdom, o novo game de Zelda. Ele publicou em suas redes uma foto com um protótipo raro de Ocarina of Time, o primeiro game da série em 3D, considerado por muito como um game revolucionário.
O protótipo foi entregue para a Rare pela Nintendo, pouca época antes do lançamento do game, em um tempo o qual a Big N tinha muita proximidade com o estúdio inglês, que já havia sido responsável por Donkey Kong Country, GoldenEye 007 e mais.
O conteúdo do cartucho é o mesmo que foi apresentado na Spaceworld ’97. Ou seja, é uma demo com os primeiros momentos do game, como é possível ver neste vídeo:
A demo foi preservada, por pesquisadores focados em arquivamento, da Forest of Illusion, a partir de um cartucho de desenvolvimento de F-Zero. Porém o cartucho original, que a Nintendo usou na época para promover o game, só Tim Stamper (e sabe-se lá se mais uma ou duas pessoas) pode dizer que tem em sua gaveta.
Junto com a foto, Stamper escreveu a seguinte mensagem:
“Em homenagem ao The Legend Of Zelda Tears Of The Kingdom que será lançado amanhã, eu queria prestar homenagem ao primeiro jogo 3D Zelda: Ocarina Of Time”
Após Stamper, foi a vez de David Doak, outro ex-Rare, adicionar informações em relação ao cartucho. Ele postou notas que escreveu sobre o jogo, já que o cartucho havia sido enviado para a Rare para que eles jogassem o game e compartilhassem suas impressões com o jogo, anotando o que achassem relevante, para dar feedback para o time de desenvolvimento de Ocarina of Time.
I’m guessing that dev cart has the build of “Zelda64” which was shared with Rare that I made these notes on over 25 years ago! https://t.co/6tHGLyay8G pic.twitter.com/CeMyKXogia
— David Doak (@drdoak) May 11, 2023
Nas anotações de Doak, é possível ver alguns palavrões sobre a câmera, reclamações em relação a IA e críticas ao sistema de combate. Não se sabe os impactos das observações da Rare no resultado final do game, mas sabemos que naquela época o estúdio inglês tinha muita confiança por parte da Nintendo, sendo a second-party mais importante naqueles dias.
Mas com esse pedaço da história dos games, ficamos sabendo que a Rare, que no papel nada tem a ver com Zelda Ocarina of Time, acabou participando, mesmo que de forma indireta, do desenvolvimento do game.