A pistola Light Phaser é um dos acessórios mais legais para o Master System. Lembro até hoje a emoção que senti ao jogá-la pela primeira vez. Foi simplesmente indescritível. Pena que foram lançados poucos jogos compatíveis com o acessório.
Porém, os poucos que foram lançados – uma dúzia, para ser mais preciso – foram sensacionais. Gosto muito de cada um deles, alguns inesquecíveis para mim.
Jogos como Gangster Town, o qual nos tornávamos um agente especial que combatia os gangsteres dos anos 20, Wanted que nos transportava para o velho oeste e o que dizer de Rambo 3? Eu brinquei demais de Rambo quando era criança e foi fantástico poder “me sentir na pele” dele nesse jogo.
MAS AFINAL, COMO A PISTOLA FUNCIONA?
Eu sempre imaginei que a pistola dava um tiro de luz na tela da TV, mas é justamente o contrário. Em uma explicação bem simplista, a pistola é quem recebe o feixe de luz vindo do televisor. Quando o gatilho é pressionado toda a imagem do jogo fica preta por um pequeno e praticamente imperceptível instante, exceto o alvo.
A Light Phaser capta a luz na sua entrada através de um fotorreceptor e envia a informação para o videogame processar. Caso o atirador tenha acertado o alvo, a pontuação é computada pelo jogo.
É importante salientar que não adianta apontar a pistola para a luz da sua sala a fim de driblar o sistema pois o fotorreceptor não será capaz de processar essa quantidade de luz. Apenas a luminosidade vinda da tela será captada e processada. Acredito que por este mesmo motivo elas não funcionam nas TVs atuais.
DOIS JOGOS NÃO SAÍRAM NO BRASIL
Dos doze jogos lançados para o acessório, apenas dois não chegaram a sair pela Tectoy e foram exclusivos da Europa. Todos os outros dez conheci na época em que foram lançados por aqui. Esses dois são:
LASER GHOST
Nesse jogo somos um caçador de fantasmas que recebemos um chamado telepático da garotinha Katherine que tem 10 anos de idade e teve sua alma roubada por fantasmas que agora a aprisionam em Ghost City. Esta é uma cidade fantasma, que reaparece a cada 13 anos, por onde vagam as mais estranhas criaturas e fantasmas. A cidade fica localizada em algum lugar entre a vida e a morte, entre realidade e sonho.
O objetivo aqui é ajudar a menina a fugir da cidade fantasma, limpando, seu caminho com uma arma de energia capaz de ferir os monstros que a perseguem.
O jogo foi desenvolvido e publicado pela SEGA para arcade em 1989 e portado para o Master System em 1991. No console é possível jogar tanto com a pistola quanto com o controle e é apenas para um jogador.
SPACE GUN
Vivemos no ano de 2039 e os serem humanos iniciaram a exploração do espaço profundo. Um chamado de socorro é recebido de uma nave de exploração que se encontra próxima a um planeta desconhecido. Ao atender ao chamado, descobrimos que a nave foi tomada por alienígenas hostis e nossa missão é enfrentá-los a fim de retomar a nave e salvar a tripulação.
O jogo é um rail shooter – jogo de tiro “sobre trilhos” – e podemos escolher nosso próprio caminho ao longo dos sete níveis do jogo. Foi lançado pela Taito em 1992 para o Master System, mas, também, é um título original do arcade e que teve versões para Amiga, Atari ST, Commodore 64 e ZX Spectrum. Assim como em Laser Ghost, é possível jogar tanto com a pistola quanto com o controle.
Laser Ghost e Space Gun também foram ótimos jogos para o Master System, mas infelizmente não foram lançados aqui no Brasil. Por isso, não os conheci na época.
Quem ainda não jogou, vale muito a pena conferir.
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