Contar as próprias histórias em uma publicação é um sonho para diversos gamers, porém alguns deixam de sonhar e colocam isso em prática. Esse é o caso de Rodrigo Reche, autor do livro Videogames: Crônicas de um jogador. Confira o papo que tivemos sobre esse assunto.
[intense_alert]IMPORTANTE: As opiniões das respostas abaixo são de responsabilidade unicamente do(s) entrevistado(s).[/intense_alert]1 – Como e quando surgiu a ideia para o livro?
Sempre gostei muito de escrever sobre videogames e publicar um livro era um sonho antigo. Com a minha chegada ao Fliperama de Boteco, em 2018, além de participar das gravações dos podcasts, tive a oportunidade de dar visibilidade para o meu material escrito. Inicialmente com alguns artigos e depois com uma coluna de crônicas publicadas em nosso site. Essa foi a oportunidade perfeita para juntar material, avaliar a aceitação dos leitores e ganhar experiência com o formato.
Com uma boa recepção das crônicas, vislumbrei a oportunidade de, finalmente, dar um passo adiante e tornar o sonho do livro uma realidade. Conversei muito com amigos, produtores de conteúdo, em busca de conselhos e também de apoio para seguir adiante em direção à publicação. Depois de muita reflexão fechamos um formato e definimos qual seria o escopo. Com todas as características definidas, o lançamento da campanha foi o próximo passo natural do processo.
2 – Entre as histórias comentadas no livro, qual foi a sua preferida?
Tomo aqui a liberdade de escolher duas crônicas que eu gosto muito e são as minhas preferidas.
A primeira se chama: “O Resgate do Cartucho do Jaspion” na qual conto a história de quando encontrei um jogo de Atari 2600 na rua, sem nenhuma etiqueta ou identificação e que, para minha surpresa, estava funcionando. Na minha cabeça aquele jogo era um jogo do Fantástico Jaspion, série de Tokusatsu que fazia a alegria da molecada na segunda metade da década de 80. Obviamente o jogo não era do Jaspion, e se você quer descobrir qual era vai ter que ler essa passagem no livro.
E a segunda história que guardo com muito carinho no meu coração é: “A partida mais marcante da minha vida”, a qual, de surpresa, meu pai decidiu jogar comigo algumas partidas de Street Fighter 2, de Super Nintendo, em uma locadora. Aquela situação não era comum para mim, e a jogatina em si era apenas um pano de fundo para uma atividade entre pai e filho. Meu pai, naquele momento, através dos videogames, estava demonstrando o quanto era presente na minha vida, apesar de nem sempre conseguir demonstrar.
3 – Muitas histórias ficaram de fora?
Com certeza. Afinal de contas são quase 35 anos jogando Videogames e muita coisa curiosa e engraçada aconteceu em todos esses anos.
Tentei juntar os fatos mais marcantes em períodos históricos que são relevantes para a indústria dos videogames de maneira geral. Na versão final do livro, entraram crônicas sobre o meu primeiro console, a evolução natural para os 8-Bits, como foi a minha primeira experiência jogando Mega Drive, a febre do Street Fighter 2, minha surpresa quando vi Mortal Kombat pela primeira vez, etc…
De alguma forma essa compilação de histórias acaba cobrindo todo esse período, mas é muito tempo de jogatina para apresentar tudo em pouco mais de 25 crônicas. Ainda tenho muita coisa guardada que cedo ou tarde serão publicadas.
4 – Quais os seus planos futuros agora, alguma outra publicação em mente?
Por enquanto, além das participações com o pessoal do Fliperama de Boteco, toda a minha atenção está voltada para a campanha de financiamento do livro. Estamos com mais de 100% alcançado e estou trabalhando bastante na divulgação, uma vez que a campanha fica no ar até 28 de outubro. O objetivo agora é buscar as metas estendidas para disponibilizar aos apoiadores brindes como: marcadores de páginas e cartões postais.
O processo de redação já foi terminado e o livro já está revisado. O próximo passo é concluir o processo de diagramação, definir o estilo de arte usado nas páginas internas, preparar o arquivo para a gráfica e fazer uma impressão de teste, para finalmente iniciar a impressão em escala.
5 – Como nossos leitores podem encontrar o livro para comprar?
Os leitores podem garantir uma cópia do livro através do financiamento coletivo do Catarse. Estão disponíveis três diferentes tipos de apoio que iniciam a partir de R$ 10,0 (apoio Atari 2600), no qual o apoiador já garante uma cópia digital do livro. Com R$ 15,00 (apoio Master System) e além da cópia digital garantir o nome no livro como apoiador. E, por fim, temos aquele que garante todos os benefícios anteriores e uma cópia física do livro (apoio Super Nintendo) por apenas R$ 35,00.
PERFIL DO ENTREVISTADO
Rodrigo Reche, apaixonado por videogames, ganhou seu primeiro console, um Atari 2600, de seu pai, em 1984, quando tinha 3 anos de idade. Gamer desde sempre e fã inveterado dos Engenheiros do Hawaii, faixa preta de karatê, formado em Ciência da Computação e pós-graduado em Segurança da Informação.