Final Fight foi uma série que nasceu nos arcades, mas que acabou encontrando o Super Nintendo como lar. Seus três primeiros games foram lançados apenas para o console 16-bits da Nintendo (embora um port para Mega Drive feito por fãs está em desenvolvimento). Fora do console da Nintendo, temos apenas o Mighty Final Fight, um game adaptado para a realidade do NES, e games posteriores, menos famosos, foram lançados para outros sistemas, como o Saturn, o Xbox ou o PlayStation 2.

Mas você sabia que, de certa forma, o NES teve sim um port de Final Fight? Do terceiro game para ser mais claro. Lançado originalmente em 1995, o game foi o “capítulo final” da trilogia, e colocava os veteranos Haggar e Guy com os novatos Dean e Lucia partem mais uma vez pelas ruas de Metro City para colocar ordem e fim a uma nova gangue que ameaça a comunidade.

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O game oferecia o controle dos quatro personagens do jogo original.

O “port” de NES é obra da “Hummer Team” e chegou em 1998, época na qual o PlayStation e o Nintendo 64 viviam o seu auge, e a SEGA já se preparava para seu “tudo ou nada” com o Dreamcast, mas ainda assim o NES continuava com uma base de jogadores incrível, já que seu suporte no Japão (onde é conhecido como Famicom) terminou apenas em 2003.

O game não é um hack de nenhum outro, sendo um port direto da versão de Super Nintendo, incluindo os quatro personagens jogáveis. A maioria dos inimigos, chefes e fases também se fazem presente, embora limitações técnicas facilitavam as coisas. Afinal, eram menos inimigos na tela simultaneamente, o que facilitava a maneira de lidar com os inimigos.

O game oferecia até as mesmas cutscenes

O campo de jogo foi reduzido, com uma barra preta, para manter a proporção ideal do game, que foi coberto pela barra de energia e pontos dos personagens, uma descrição da fase em questão e do logotipo do jogo. Mas, no geral, trata-se do mesmo game, o que inclui até as mesmas cutscenes, com as devidas limitações técnicas, e alguns pequenos erros de digitação (que não era exclusividade dos jogos não-oficiais).

E o final do game, o que mostra um bom capricho da Hummer Team, famosa desenvolvedora não-oficial do NES, conta com o final de Dean, enquanto “empresta” as músicas de Mighty Final Fight. Veja com seus próprios olhos um port que, por vias oficiais, jamais existiria:

O game chama muita atenção por ser, diferente da maioria dos jogos não-oficiais, um game de qualidade. Em tempos nos quais a demanda de NES ainda existia, era com estes games que os jogadores continuavam recebendo novidades, já que a Nintendo não lançava mais games para seu console há anos, com foco total em seu Nintendo 64. Assim, mesmo de uma forma diferente do usual, diversos games que marcaram a vida de muita gente acabaram surgindo, como este interessante port de Final Fight 3.