Lançado recentemente pela brasileira QUByte Interactive, Breakers Collection surge como uma espécie de “segunda chance” para dois interessantes jogos de luta, lançados para arcades e Neo Geo nos anos 90. Breakers e Breakers Revenge foram desenvolvidos pela Visco Corporation, e lançados, respectivamente, em 1996 e 1998.
Ambos os games contam com inspirações comuns a jogos de época, como Street Fighter e Fatal Fury, com uma certa “tendência” a Art of Fighting, e gameplay “padrão Neo Geo”, com o jeitão “ABCD” de botões. Os games em si, são dois jogos de luta, dentre tantos outros de seus dias, porém ficou ofuscado, devido a grande oferta de jogos do gênero, naqueles dias.
Os dois games não comprometem no gameplay, especialmente Breakers Revenge, que funciona como uma “atualização” do jogo original, sendo algo que o Super Street Fighter 2 foi para o jogo de luta da Capcom. Mas algo que pode ter atrapalhado um sucesso maior do jogo é o fato de que seus personagens não possuem muita inspiração, o que deixa o game com uma “aura” de clone de Street Fighter.
E, entre tantas opções, entre The King of Fighters, Mortal Kombat, Fatal Fury, Samurai Shodown, Street Fighter, Marvel Super Heroes e tantos outros, alguém iria acabar “pagando o preço” e ficar de fora da festa. Foram os jogos Breakers.
A coletânea da QUByte, que segue a tendência do estúdio em trazer clássicos para a nova geração, como o vindouro Top Gear, faz bonito por trazer os games em sua essência, para os novos consoles. Os games rodam muito bem, e contam com o gameplay competente que o game deveria ter. Soltar os golpes é algo simples, e é um jogo fácil para veteranos e novatos curtirem sem grandes problemas.
Dá para notar, tranquilamente, que o estúdio brasileiro não quer apenas “jogar” os games em uma coletânea, e lançá-lo de forma preguiçosa. Eles até adicionaram coisas novas, como opções de versus online, com ranked e netcode via rollback. E, a nova geração de consoles até ajuda um pouco, com o Quick Resume do Xbox, por exemplo, acabar servindo um pouco de save state (o jogo não possui tal recurso).
Outros elementos comuns a coletâneas desta natureza não estão presentes, como a possibilidade de retornar o jogo para corrigir algum erro, ou o já mencionado save state. Porém, como estamos falando de um jogo de luta, tais recursos não são dos mais essenciais, e dá pra se aproveitar da mesma forma. O que a QUByte trouxe aqui, está de bom tamanho.
É possível sentir respeito por parte da QUByte com os games. Pois já que estão ganhando uma nova chance, uma boa apresentação é essencial para que mais pessoas possam conhecer e curtir Breakers e Breakers Revenge. Inclusive, fãs de jogos de luta deveriam conhecer mais estes jogos, pois são bem interessantes.
