Escrevi uma crônica na Super Warpzone Vip 7 sobre minha experiência com duas gerações dos videogames da Sony, onde tive o desprazer de comprar o mesmo console 2 vezes.
Aliás, se você não é membro do Clube Warpzone e deseja ser, para conferir conteúdo exclusivo, é só visitar o link https://www.catarse.me/warpzone
Nesta matéria, pretendo desenvolver mais o assunto abordado na revista.
Os consoles evoluíram muito com o passar do tempo, um Atari 2600 é bem diferente de um GameCube. Quando se iniciam a 7° e 8° geração de consoles, temos máquinas parrudas, gráficos incríveis, jogos memoráveis e a vontade de estar desfrutando disso é grande.
Mas essas gerações de console trouxeram também problemas que não existiram nas gerações passadas: Os Videogames morrendo!
E não estou falando morrendo por conta de baixas vendas, morrendo do “verbo parando de funcionar”.
Lembro que comecei a pesquisar os valores do PS3 porque já estava correndo a notícia dos Xbox 360 que estavam morrendo devido a uma peste que começou a se alastrar nos aparelhos da Microsoft: a temida 3 Red Light.
Para quem não viveu a época, o 3 Red Light era um erro sinalizado nos 3 leds no botão de energia piscando em vermelho, o que na grande maioria das vezes sinalizava a morte do aparelho. Um erro simples: Super aquecimento.
Chegou-se à conclusão que o design do primeiro 360 contribuiu para o problema de “incineração” do console, esse problema só foi resolvido com um re-design do aparelho e a casa do Bill Gates tendo que dar um jeito em praticamente 70% dos consoles que deram problema para evitar que a marca fosse para lama. E ainda assim o console foi o mais bem sucedido da marca.
Mas na Sony tá tudo de boa né? Afinal o console custava $600 dólares, por um valor tão alto, devia ser a prova de falhas… Ah tá. Vai sonhando.
A casa do Kratos viu o problema da vizinhança bater na porta deles, mas ele se apresentou com nome Yellow Light of Death (YLOD). Além de lidar com a reclamação dos consumidores por conta do alto preço do aparelho, por ser chamado de console sem jogos (quem lembra dessa?) ainda viveu o problema do videogame virar uma churrasqueira por conta de super aquecimento.
Resolveram, claro!
Fazendo novas versões do console, que também deram o mesmo problema, mas bem reduzida se comparado ao 1° PS3.
Fecha a conta e chama o próximo!
Chegando na geração seguinte, tive poucas experiências com o Xbox One, mas parece que eles conseguiram exorcizar o espírito das 3 Red Light, óbvio que deve ter tido problemas, mas em grau menor.
Já o PS4 ainda teve que lidar com esse fantasma, mas com uma cor diferente: Blue Light of Death (BLOD)
No final o problema era o mesmo, console super aquecendo sem solução de reparo.
No Brasil muitas assistências técnicas desbravaram esse mundo desconhecido tentando entender como esses hardwares funcionavam e assim encontrar uma solução que não fosse comprar um aparelho novo, logo o procedimento chamado de Reballing ganhou força no meio dos “sorteados” com consoles fritados, sendo talvez a última esperança de um brasileiro que não quer comprar o mesmo aparelho 2 vezes.
Existem outros motivos para dar esse problema, mas as luzes da morte (tradução dos nomes) em geral podem ocorrer por conta de problemas no processador. Existem esferas de solda que prendem a peça a placa, o super aquecimento esquenta as esferas a tal ponto que podem soltar o processador da placa do videogame.
Reballing é um procedimento em que o processador dos aparelhos é retirado e feita a troca das esferas de solda por novas e assim se solda novamente na placa mãe do console. Isso tudo é feito em uma máquina que gera uma temperatura altíssima.
Por ser um procedimento muito delicado, você, consumidor vai para o “Tudo ou Nada”
Se funcionar, você tem um console por mais uns anos e a assistente técnica ganhou like e marketing nas redes sociais, senão, o técnico perdeu tempo e você leva um peso de papel gigante para casa e vê se tem limite no cartão de crédito para comprar outro aparelho.
Agora, o porque do artigo?
A ideia surge após ter um PS3 e um PS4 que morreram por conta desta praga que a Sony não eliminou e fiquei pensando: Não seria algo já considerado nos números de venda ?
O PS3 vendeu 87 milhões, mas com o problema da YLOD, quantas dessas vendas não foram de videogames que morreram no meio do caminho?
O Xbox 360 vendeu 85 milhões, mais aí, a 3RL deve ser responsável por 40 desses milhões… Calma, estou usando uma hipérbole !
Zoeiras a parte, para os gringos, comprar o mesmo console não é um problema se comparado aos habitantes das terras de Dom Pedro. 1 ou 2 meses de um salário americano já compra um aparelho desses, para os BR, isso pode significar uma renda comprometida para suas demais despesas, afinal “Aqui é Brasil” e qualquer coisa é cara.
Uma coisa que precisa ser considerada é uma atenção dobrada com essas máquinas, segue algumas recomendações que tive da assistência técnica que ressuscitou meu 2° PS4:
Terminou de jogar?
Tire todos os cabos do aparelho (Fonte, HDMI, Rede).
Começou a chover?
Desligue o aparelho e tire todos os cabos.
Porque todos os cabos?
Para evitar que uma descarga elétrica não passe para o Videogame por conta do cabo.
Estava jogando usando HDR?
Ao terminar, não desligue de uma vez. Feche o jogo, espere ele voltar para o home e então desligue.
Faça preventivas nos aparelhos!
Troca da pasta térmica do processador e limpeza de poeira acumulada vão fazer a diferença na vida do seu console.
E claro, o óbvio!
Procure assistências técnicas confiáveis.
Pesquise muito bem o lugar que você vai enviar seu aparelho, pode ser que seja algo simples de resolver ou mais complexo, em todo caso pesquise muito bem antes de contratar o serviço.
Fica a aqui a história de alguém que viveu essa experiência horrível e está passando algumas dicas para te poupar de não ter que comprar o mesmo console 2 vezes … No meu caso, em 2 gerações seguidas.
Alô PS5, não me venha com essa também, ouviu bem?
