Eu não lembro de ter nenhum amigo que possuísse um PC Engine no início dos anos 90, esse console aqui no Brasil era muito, mas muito desconhecido.
Via alguma coisa sobre o console, se muito, em revistas, quando aparecia um ou outro review, nada além disso. Mas, foi em 1993 que o Japão conheceu Castlevania: Rondo of Blood, um jogão que demorou para nós conhecermos por aqui.
UMA OBRA DE ARTE
Parece muito clichê falar que Castlevania: Rondo of Blood é uma obra de arte. Em tempos de internet alguns jogos ganham status de “Oh meu Deus, que perfeição”, porém esse é um daqueles jogos que já nasceram para serem lembrados.
Castlevania: Rondo of Blood trazia animações de abertura, durante o jogo e no final do game, todas feitas em pixel art, lindíssimas e cheias de detalhes no melhor estilo desenho japonês.
A trilha sonora, com qualidade de CD, era incrível também, belíssimas composições, músicas que nem pareciam terem sido feitas para um jogo, de tão bem detalhadas, não estávamos acostumados com isso. Para os fãs da franquia foi um prato cheio.
Os gráficos também impressionavam, para quem estava acostumado com os jogos da franquia no Nintendinho, Castlevania: Rondo of Blood deixava tudo mais bonito. Não que no NES os jogos já não fossem ótimos, mas, no PCE era mais bem feito ainda.
Adicionalmente, o game tem uma jogabilidade bem fluída, a possibilidade de se jogar com dois personagens e um bom nível de dificuldade. Castlevania: Rondo of Blood se tornou sim uma obra de arte.
O MELHOR DA FRANQUIA
Para alguns Castlevania: Rondo of Blood é o melhor jogo da franquia, para outros ele fica atrás apenas do Castlevania: Symphony of the Night (SOTN), e para mim é uma escolha difícil. Adoro ambos, mas SOTN me ganhou, mesmo porque eu joguei ele antes de jogar Castlevania: Rondo of Blood, isso conta muito.
No PS1 o jogo conta com todo o poder dos 32-bits, isso dai é uma vantagem que nem o PC Engine conseguiria superar. Mas, pode ter certeza de que a briga pelo primeiro lugar entre SOTN e Castlevania: Rondo of Blood é muito forte.
TERMINEI NOS ANOS 90
Em 1998 eu joguei Castlevania: Rondo of Blood no emulador, o famoso Magic Engine, que estava em uma das suas primeiras versões. Baixei a ISO na Internet, baixei o emulador e joguei, a qualidade de emulação já estava muito boa.
Para mim, que nunca havia jogado em um PC Engine, a emulação de ISO de Castlevania: Rondo of Blood no Magic Engine estava perfeita, pude aproveitar todos os detalhes de um jogo que, mesmo em 1998, ainda era maravilhoso.
Na época precisei jogar usando um controle de PS1 ligado em meu PC através da porta LPT1, aquela que a gente usava para ligar a impressora. Foi uma experiência muito boa, era uma época em que eu jogava muito PS1 então o controle era fácil de se acostumar.
A primeira ISO que baixei rodava no emulador, mas sem som, fiquei chateado demais. Mas, dai percebi que, para a ISO ficar menor (uma vez que baixávamos usando Internet discada) a galera convertia o áudio do CD em MP3, então eu precisava converter, primeiramente, para WAV.
Mesmo assim não consegui rodar com som, após converter o áudio ainda não deu certo. Porém, baixei a ISO novamente, em outro site e já em formato ISO de arquivo único mesmo. Funcionou perfeitamente depois que eu a gravei em um CD-R.
Hoje em dia eu tenho um PCE, um modelo DUO-R com CD, para curtir Castlevania: Rondo of Blood e outros games. Mas, para quem quiser conhecer o game, existem versões alternativas lançadas para PSP, P4 e até no PC Engine Mini.
Aproveito para indicar um vídeo no canal da WarpZone chamado “20 coisas sobre CASTLEVANIA Rondo of Blood”, veja: