Bastante conhecido entre a comunidade retrô, Donkey Kong Country fez muito sucesso no Super Nintendo, e também no Game Boy, com versões adaptadas para o portátil, chamadas por lá de Donkey Kong Land. Mas o Mega Drive ficou de fora da festa, já que o game foi feito pela Rare, que na época estava sob o controle da Nintendo.

Mas, como sabemos bem, a comunidade do videogame cumpre como ninguém as lacunas abertas pelas empresas, em seus lançamentos oficiais. Por causa disso, o 16-bits da SEGA acabou recebendo uma versão de Donkey Kong, com a óbvia falta de licença da Nintendo para isso.

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A versão levada ao Mega Drive foi baseada no Donkey Kong Country 3, lançado originalmente para o Super Nintendo em 1997. Mas o curioso é que o jogo, chamado de Super Donkey Kong ’99, é um “xerox do xerox”, pois usa os sprites do Super NES, que já eram extraídos da tecnologia ACM, para o Mega Drive. Inclusive, isso deixou o jogo um pouco mais feio, enquanto as animações são lentas.

O mapa, elemento característico da série Donkey Kong Country e muito bem utilizado na terceira versão, que inspirou o “port”, não existem. São cinco mundos com dois estágios e um chefão. Outra coisa que sumiu: a capacidade de salvar o progresso. E nem password o jogo oferecia, ou seja, perdeu todas as vidas, volta pro início de tudo.

Tornou-se, assim, uma espécie de lenda urbana das locadoras, em tempos que ROMs não eram compartilhadas tão facilmente pela Internet. Além disso, era presença constante em bancas de camelôs, com muita gente comprando sem imaginar que se tratava de uma versão não-oficial, achando que realmente existia uma versão do game para o console da SEGA, assim como já havia acontecido anteriormente com o Sonic 4 do Super NES.

E, hoje em dia, está entre os games mais lembrados quando o assunto fala de versões não oficiais. Cumpriu, mesmo sem muita qualidade, o papel de preencher a lacuna da ausência de um Donkey Kong Country.