“Frankenstein The Monster Returns” do nosso querido Nintendinho é um dos poucos jogos lançados tendo “Frankenstein” como personagem-título. É um jogo de plataforma, lançado pela Bandai em 1991 com uma atmosfera sombria e personagens mitológicos.

O enredo do game se passa algum tempo depois da história de Frankenstein, o Monstro titular regressa dos mortos, liderando um exército sobrenatural por meio de magia. Arrasa várias aldeias e rapta uma bela donzela chamada Emily, com a intenção de a tornar sua noiva. O Monstro consegue ainda usar a sua magia para subjugar várias entidades míticas, como a Morte e a Medusa. O jogador é um jovem espadachim da aldeia determinado a deter o exército sobrenatural, salvar Emily e matar o Monstro de uma vez por todas.

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Quem é Frankenstein?

Muitas pessoas ainda hoje se perguntam se o monstro “Frankstein” existiu? A resposta é não. A história do monstro Frankenstein é uma obra de ficção criada por Mary Shelley, uma jovem escritora inglesa, a história original foi publicada em 1818, sob o título “Frankenstein; or, The Modern Prometheus” (Frankenstein; ou, O Prometeu Moderno). Porém a origem da história de Frankenstein é baseada em casos reais.

No século XIX, os experimentos chamados de eletricidade animal, iniciados pelo médico Luigi Galvani, eram bastante comuns. Mary Shelley estava atenta a esses acontecimentos para compor seu livro. Segundo a história, ela usou de inspiração testes feitos por cientistas para trazer mortos de volta à vida.

Os experimentos de eletricidade em cadáveres desempenharam um papel crucial na inspiração de Mary Shelley para escrever “Frankenstein”. Durante o período em que Mary Shelley estava concebendo sua história, a eletricidade estava emergindo como um campo de estudo fascinante, com experimentos cada vez mais ousados sendo conduzidos para entender suas propriedades e aplicativos.

Experiência para reanimar os mortos

Um desses experimentos notáveis foi realizado por Giovanni Aldini, um cientista italiano que ficou famoso por seus estudos sobre eletricidade animal. Aldini realizou experimentos públicos nos quais aplicava correntes elétricas em cadáveres humanos recentemente falecidos, buscando entender melhor os efeitos da eletricidade no corpo humano.
Esses experimentos chocaram e fascinaram o público da época, alimentando especulações sobre a possibilidade de reanimar os mortos por meio da eletricidade.

É amplamente aceito que Mary Shelley estava ciente desses experimentos de eletricidade em cadáveres durante a concepção de “Frankenstein”. O conceito de reviver os mortos por meio da eletricidade influenciou diretamente sua narrativa, especialmente a cena em que o cientista Victor Frankenstein infunde vida em sua criatura usando um processo semelhante.

Cinema

É Claro que esta história inspirou vários filmes no cinema. Destacamos o clássico “Frankstein” de 1931 com o famoso ator de filmes de terror Boris karlof , “A Maldição de Frankstein” de 1957 com os renomados atores Peter Cushing e Christopher Lee e “Frankenstein de Mary Shelley” filme de 1994 , um dos melhores, senão o melhor de todos com a excelente atuação de Robert De Niro como Frankstein.

Aqui vai uma lista com alguns dos filmes:

Frankenstein (1931)
A Maldição de Frankenstein (1957)
Carne para Frankenstein (1973)
O Jovem Frankenstein (1974)
Frankenstein, o Monstro das Trevas (1990)
Frankenstein de Mary Shelley (1994)
Frankenstein (2004)
Frankenweenie (2012)


O Jogo

Mas agora vamos falar um pouco do jogo de Nintendinho. Eu particularmente não conheci este jogo na época das locadoras. Fui conhecer este título apenas alguns anos atrás e me surpreendi com este game. Logo no inicio do jogo, você tem a opção de batizar o personagem que você vai jogar com o seu nome (ou o nome que quiser) isso será mostrado ao longo das narrativas das cutscenes.

A jogabilidade não é muito boa o personagem é um tanto travadão e não tem uma jogabilidade fluida mas tem outros pontos a se levar em consideração como a atmosfera do game que lembra muito jogos clássicos como “Castlevania”. Se você se permitir fazer uma imersão no jogo ao longo de suas fases “assombrosas” como uma floresta exótica com suas grandes árvores durante à noite, o cemitério na calada da madrugada com os demônios voadores ou a fases com atmosferas mais surrealistas com cores vibrantes, como se você estivesse tendo uma alucinação.

Nesta imersão você tem a sensação de estar acompanhando aquelas histórias de livros infantis de quando era criança, folheando as páginas e passeando com os olhos pelas figuras e imaginando muitas aventuras.


Gráficos e Design Visual

Os gráficos do jogo são bastante sólidos para o NES, com sprites bem desenhados e cenários que capturam a atmosfera sombria e gótica associada à história do monstro de Frankenstein. As fases são variadas e oferecem uma boa dose de detalhes, criando um ambiente imersivo.

Jogabilidade

A jogabilidade é onde “Frankenstein: The Monster Returns” apresenta seus maiores desafios. Os controles podem ser um pouco rígidos e imprecisos, especialmente durante os saltos e os ataques, o que pode levar a momentos de frustração para os jogadores. Além disso, a dificuldade do jogo pode ser considerada elevada, com alguns pontos do jogo exigindo um alto nível de habilidade e precisão para serem superados.

Desafio

O jogo oferece um desafio significativo, principalmente devido à sua dificuldade. A variedade de inimigos e chefes de fase requer diferentes estratégias para serem derrotados, adicionando uma camada de profundidade ao desafio do jogo. No entanto, a dificuldade pode ser um obstáculo para alguns jogadores, especialmente aqueles que procuram uma experiência mais acessível.

Trilha Sonora e Som

A trilha sonora e os efeitos sonoros contribuem para a atmosfera do jogo, com músicas e sons que complementam bem a temática sombria e assustadora. No entanto, a variedade de faixas musicais pode ser limitada, o que pode levar à repetição ao longo do jogo.

Frankstein The Monsters Returns, hoje em dia é considerado um jogo raro de NES e seus valores são bastante elevados dependendo das caracteristicas e itens originais do jogo.

Jogos baseados em “Frankstein”

Houve vários jogos de videogame lançados ao longo dos anos com base na história de Frankenstein ou apresentando o monstro de Frankenstein como personagem principal. Embora não haja uma contagem exata, além do jogo de Nintendinho posso destacar alguns dos títulos mais conhecidos:

“Mary Shelley’s Frankenstein” (vários sistemas) – Lançado em 1994 pela Sony Imagesoft.
“Van Helsing” (vários sistemas) – Embora não seja especificamente baseado em Frankenstein, o jogo apresenta o monstro de Frankenstein como um dos vilões. Foi lançado em 2004 pela Saffire Corporation.
“Castlevania: Symphony of the Night” (PlayStation) – Apresenta o monstro de Frankenstein como um chefe. Lançado em 1997 pela Konami.
“Castlevania: Portrait of Ruin” (Nintendo DS) – Também apresenta o monstro de Frankenstein como um chefe. Lançado em 2006 pela Konami.

Além desses, há outros jogos menores, jogos independentes e adaptações menos conhecidas que também abordam a história de Frankenstein de várias maneiras.

Em resumo, “Frankenstein: The Monster Returns” é um jogo que oferece uma adaptação interessante da história clássica do monstro de Frankenstein para o meio dos videogames. Embora tenha seus pontos fortes, como os gráficos atmosféricos e a trilha sonora, sua jogabilidade desafiadora e controles rígidos podem ser um obstáculo para alguns jogadores. No entanto, para aqueles que buscam um desafio e são fãs do gênero de plataforma, o jogo pode oferecer uma experiência satisfatória.

Veja abaixo uma gameplay do jogo: