Os jogos de Briga de Rua voltaram com tudo. Há pouco tempo tivemos Streets of Rage 4, Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge entre outros que voltaram pra matar a saudade desse estilo. E agora mais uma grande franquia que fez sucesso nos games usando o estilo está de volta, os Power Rangers!
Nos anos 90 quem tinha os direitos de fazer bonequinhos e games era a poderosa BANDAI, que deu o trabalho para a NATSUME (Wild Guns) cuidar de boa parte dos jogos da franquia, e dessa parceria saiu o excelente Power Rangers: The Movie.
Hoje as coisas mudaram e quem comanda os heróis coloridos é a Hasbro, os bonequinhos continuam saindo, o que faltava mesmo era um game bacana.
Pois é meus amigos, os Rangers voltaram, mas dessa vez pelas mãos da Digital Eclipse.
JOGABILIDADE
O jogo conta com 15 fases, com 3 subfases cada, que variam em 4 estilos de jogabilidade:
• Pancadaria, onde você escolhe o seu Ranger e dando pancada nos inimigos e chefes, apesar de cumprir bem o papel, faltou mais criatividade nos combos, se a gente comparar com TMNTSR ou SOR4, MMPR tem a jogabilidade repetitiva, provavelmente depois de zerar poucos vão querer jogar de novo. Mesmo com a adição do Ranger Verde depois de zerar, nada muda, ele tem exatamente os mesmos golpes dos outros cinco personagens.
• Zords, aqui você pilota o robô individual de cada rangers, e uma jogabilidade que lembra muito Space Harrier, onde você tem que controlar o robô e a mira ao mesmo tempo, enquanto corre para o horizonte destruindo tudo pela frente. Destaque para o zord da Kimberly (Ranger Rosa) o Pterodátilo voa e consegue desviar mais facilmente dos tiros e não cai nos buracos, sendo a melhor escolha nessas fases.
• Megazord, aqui o bicho pega, você vai lutar contra monstros gigantes, mas os controles são um pouco travados, não deixa de ser emocionantes, mas as vezes você se vai se frustrar ao tomar um golpe que poderia ser facilmente desviado, mas os controles nem sempre respondem como deveriam.
• Motos, é a mesma coisa de jogar com os Zords, mas a sensação de velocidade é maior, e os cenários urbanos são muito interessantes, são fases curtas e frenéticas, tiros, meteoros e carros na contramão são os desafios aqui.
GRÁFICOS
Os gráficos são no melhor estilo retro, mas não é exatamente dos 16-bit o tempo todo, nas fases de pancadaria os personagens são bem pequenos. Já nas fases de veículos, lembram muito um estilo de falso 3D que a gente via muito no PlayStation 1 e Sega Saturn, onde você tem uns efeitos legais de distância, mas com um zoom exagerado, demora um pouco para você se acostumar com o caos, mas depois de um tempo você fica imerso naquele mundo.
Os cenários estão cheios de referências a série clássica e a outros jogos e elementos da cultura pop dos anos 90, tem até inimigos fazendo cosplay de personagem famoso de outro briga de rua famoso, se for fã vai adorar, tudo muito colorido e bonito.
AS MÚSICAS
Acho que aqui é o ponto mais positivo do jogo, as músicas são uma mistura das que ouvimos na série de TV, com o estilo que a Konami tornou clássico nos jogos das Tartarugas Ninjas do Arcade, parece que você sempre ouviu aquelas músicas, mas tirando a abertura, toda a trilha é nova, muito divertida, e combina demais com a proposta do jogo.
O jogo conta com poucos, mas divertidos extras, tem um fliperama com 3 máquinas na lanchonete de Alameda dos Anjos que vão abrindo conforme você passa as fases:
• Drive Bomber, uma mistura de Road Fighter (NES) com Bomberman.
• Karate Chopshop, pense no Test Your Might do Mortal Kombat, em que você precisa quebrar desde ovos até uma impressora!
• Nanopilot, jogo de navinha mais ou menos no estilo Asteroids.
Outro extra bacana é que depois de zerar o game, você pode jogar com o Tommy Oliver, o eterno Ranger Verde, mas ele é exatamente igual aos outros rangers, mesmos golpes, força etc. Você vai poder jogar com o Dragonzord, mas na hora da batalha de Megazord, Tommy simplesmente não está lá.
No dia que testamos o jogo, o online não estava funcionando, então não deu para jogar com outras pessoas. Apesar de ter vários idiomas, português não está entre eles.
Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind, é um game honesto, não vai estrelar entre os melhores do estilo, mas vai cativar aos fãs, é perceptível o carinho com os detalhes da franquia. É quase um game feito por fãs para os fãs.
Homenagem ao Batman da Konami?
Metrôs nos anos 80/90 eram assim: cheios de bonecos de massa, de cosplay de Andore!
Quatro tartaruguinhas em um material químico radioativo? Isso também era muito comum nos anos 80/90.