Os manuais de jogos se tornaram um item muito importante a partir do momento em que os videogames passaram a ter cartuchos e os games não ficavam mais restritos aos que vinham na memória do console.
Os jogos de Atari geralmente contam com manuais completos, contendo explicações minuciosas e, às vezes, até ilustrações que nos mostram detalhes de como conseguir chegar ao objetivo final do jogo. Porém, com a chegada dos clones brasileiros de Atari na década de 80, vieram também os cartuchos nacionais e esses vinham com manuais extremamente resumidos ou até mesmo sem este item.
JOGANDO SEM SABER
Alguns jogos até são mais simples e, na prática, rapidamente conseguimos descobrir o seu objetivo e como vencer os obstáculos. Já outros, não são tão fáceis assim e muitas vezes levávamos dias ou até meses quebrando a cabeça para conseguir ir mais longe.
Pegue o jogo Superman, por exemplo. Sem o manual, é um mistério saber o que fazer para iniciar o jogo. É fácil achar que o jogo acabava quando você prendia todos os ladrões. Difícil é pensar em reconstruir a ponte, se transformar novamente em Clark Kent e ir de volta para o Planeta Diário.
Ainda mais complicado temos Star Master. O jogo em si não é complexo, mas deduzir que você precisa mudar a chave preto e branco para ter acesso ao mapa é tarefa quase impossível. Pior ainda, se levarmos em conta que alguns clones do Atari no Brasil nem tinham mais essa chave.
E o que dizer de Fantastic Voyage? Pode até parecer mais um jogo de navinha, em que o único objetivo é destruir os inimigos. Porém, a história é outra, baseado no filme de mesmo nome, sua nave foi reduzida ao tamanho celular e aquilo que a gente achava ser uma caverna era na verdade o sistema circulatório de uma pessoa.
Como a maioria de jogos desse estilo em que a gente já sai atirando em tudo o que vê pela frente, o nosso primeiro impulso é exterminar todos os inimigos e quando atiramos nos glóbulos brancos, levamos o paciente à morte!
Já no jogo Bobby’s Going Home, você até consegue saber todos os obstáculos e o objetivo do jogo na prática, porém, atravessar a ponte que abre e fecha era só com a dica que vinha no manual.
Para fechar com chave de ouro, vale relembrar que os jogos da série Swordquest que, assim como outros jogos de Atari, ganharam edições de revistas em quadrinhos, onde através delas era possível compreender melhor o que fazer no jogo.
TEM QUE TER MANUAL
Levando em conta que esses e muitos outros jogos não são nada intuitivos, percebemos que os manuais são essenciais e não podiam ser descartados como muitas vezes foram.
Pequenos detalhes que vêm neles são valorosos para um bom desempenho do jogador. Explicações e dicas fazem a diferença na diversão. Alguns manuais chegam a contar a história do jogo, tornando a aventura ainda mais emocionante.
Hoje em dia contamos com várias opções de scans de manuais pela internet, mas ter um manual impresso da época não tem preço.