Existem aqueles jogos que marcam toda uma geração, mas quase todo mundo se esquece dele e, por vezes, somente os fãs fervorosos falam sobre. Assim é o primoroso Grandia. Este é um game que, embora não tenha sido revolucionário, tem uma base forte de fãs.

Um remaster esperado

Grandia foi lançado, originalmente, no Sega Saturn. Os produtores queriam fazer um jogo que fugisse de tudo o que estava sendo feito no mercado, com um foco especial na história dos personagens. Mas o jogo saiu a sombra de diversos outros, principalmente de Final Fantasy 7, que dominava o mercado.

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Cena do gameplay de Grandia

Os produtores precisavam correr atrás do público. Para isso, começaram a trabalhar em um port. Um ano e meio depois, finalmente, chegava ao mercado Grandia para o PlayStation. Apesar de alguns problemas com a parte gráfica do game, o jogo foi lançado no PlayStation, inclusive no ocidente.

Hoje, 20 anos depois do seu lançamento original no ocidente, a Gung Ho anunciou um remaster para o Nintendo Switch que sairá ainda em 2019. O pacote contará também com o segundo título da franquia, mas esse é um game para outro dia.

Em busca de um Grandia

A jornada de Grandia é aquela que se pode esperar em um grande jogo de RPG, ou não, já que as vezes é bem clichê. Nosso protagonista é Justin. Seu pai foi um grande aventureiro que desapareceu muitos anos atrás. Tudo que o protagonista mais quer é seguir os passos do pai que tanto admira. Além disso, acabaram de descobrir um novo continente. Claro que a história vai muito além disso, mas não quero estragar a experiência de ninguém com spoilers.

Cena do Combate de Grandia

O grupo de personagens principais está sempre em desenvolvimento. Eles mudam e evoluem com os acontecimentos da história. Justin e Sue passam por diversos acontecimentos que os levam a amadurecer muito rapidamente. Até os antagonistas despertam interesse do jogador e queremos saber, cada vez mais, suas motivações.

Apesar disso tudo, o grande destaque do game é o combate. Em época onde as batalhas aconteciam de maneira aleatória, Grandia foi na contra-mão. O jogador avistava os monstros na tela e podia fugir dele se quisesse, ou seja, cabia escolher se ia batalhar ou não. Além disso, durante o combate, os personagens se moviam na tela e os golpes só acertavam uma pequena área do oponente. Então era necessário escolher bem qual o golpe e o momento certo a ser utilizado.

Isso tudo acontecia acompanhado de uma trilha sonora excelente. As canções casam com as situações e criam o clima necessário para cada uma das cenas. O responsável pela trilha sonora é Noriyuki Iwadare. Ele já trabalhou em grandes clássicos como a franquia Lunar, Langrisser e muitos outros.

Um grande legado

Grandia é um jogo o qual não é possível explicar em palavras. Ele foi um game produzido em uma das épocas de ouro dos jogos, principalmente para os RPG japoneses. O fim dos anos 90 foi uma época na qual, mais do que vontade de contar uma história, os desenvolvedores tinham que ter criatividade para superar as limitações técnicas da época.

Arte dos principais personagens

É por essa razão que Grandia está presente na lista dos 10 melhores jogos de RPG do PlayStation 1, segundo o Metacritic. Além de diversas listas de canais especializados em JRPG. Vivemos em uma época muito boa para se jogar esse gênero, pois muito do que está sendo lançado hoje é baseado nos jogos do passado, e isso é muito bom!