Hoje resolvi sair um pouco das análises de jogos e falar a sobre o colecionismo de troféus, mais precisamente o famoso “platinar um jogo”. Ao adquirir o PS3, em meados de 2011, jamais me importei muito com as “taças” que apareciam, de vez em quando, em minha tela. Isso começou a mudar, a partir de 2017, quando, já com o PS4, comecei a emprestar alguns games para uma amiga do trabalho.

Infelizmente, adquiri o “péssimo” vício de acumular mais games do que sou capaz de jogar e só fui notar isso ao perceber, depois de um tempo, que ela passou a zerar muito mais os meus jogos do que eu. Um detalhe importante, ela não só finalizava, como também platinava, quase todos. Confesso que senti um grande orgulho, pois isso mostra que ela realmente gosta e manda muito bem no quesito jogatina (e acho muito legal ver mulheres que apreciam games). Ao mesmo tempo , me fez sentir uma baita vergonha, de mim mesmo, ao notar, no meu ID, o enorme 0 que pairava sobre a luxuosa taça de platina.

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Todos esses ingredientes foram fundamentais para que eu desse uma chance para esse assunto. Jamais havia tentado platinar por achar que seria muito difícil (e alguns jogos realmente tem platinas complicadas de obter), além de uma certa preguiça verificar como se adquire cada taça. Outro item fundamental para essa jornada foi o quesito diversão. Essa amiga, ao contar sobre as platinas adquiridas, falava com uma alegria contagiante, indo diretamente contra o meu pensamento de que adquirir platinas fosse algo extremamente penoso e entediante.

Pois bem, em março eu finalmente resolvi aceitar a missão e adquiri a minha primeira platina. Os detalhes dessa saga serão relatados abaixo.

Primeira platina: Tentar no que sou melhor

Heihachi Mishima em Tekken 7

Sempre fui um ávido fã de jogos de luta. Cresci vendo meus primos e tios jogando esse tipo de game que, depois de um tempo, acabou se tornando o meu favorito. Tendo isso em mente, pensei: “porque não começar essa saga com um jogo de luta?”. Descobri, depois de várias pesquisas no Google, que a platina mais fácil entre os fighting games que tenho era a do Tekken 7.

Eu jogo a franquia Tekken desde a terceira versão, embora nunca tenha sido um exímio player. Geralmente fazia a famosa apelação do Eddy Gordo ou enchia o adversário de chutes do Hwoarang. Notei que, em virtude das mudanças que a série sofreu ao longo do tempo, esses meus truques acabaram ficando manjados e não seriam suficientes para que eu obtivesse todos os troféus. Por isso, eu precisava criar uma estratégia quando, na mesma semana, a Namco lançou um DLC com o Negan.

O icônico vilão da série de TV The Walking Dead é armado com um taco de baseball enrolado com arame farpado. A maioria de seus golpes, com essa arma, são difíceis de desviar. Isso me rendeu uma ótima vantagem sobre meus oponentes e fez com que as conquistas fossem aumentando na tela quase que exponencialmente.

Negan e seu taco de beisebol, carinhosamente chamado de Lucille

No entanto, a conquista na qual é preciso vencer o Super Akuma com o Devil Kazuya foi bem penosa. Levei mais de uma hora e incontáveis mortes até, finalmente, derrubar o adversário com a finalidade de ver, maravilhado, aquele aviso na tela:

Troféu de Platina: Eu recuperarei tudo!

Que sensação ótima! Havia superado o desafio que eu mesmo me impus, porém surgiu um outro dilema: apenas uma mísera platina? Sem chance. Vou buscar mais!

Akuma derrotado e platina na tela

Segunda platina: Viva a heroína meio gênio!

Shantae and The Pirate’s Curse

Descobri a série Shantae meio que por acaso. Comprei, completamente às cegas, Shantae and The Pirate’s Curse em uma mega oferta da PSN. Gostei muito da jogabilidade e achei os personagens extremamente carismáticos, tornando a franquia uma de minhas favoritas.

Tenho o jogo mais recente da série, Shantae: The Half Genie Hero, no HD do PS4. Antes de pensar em obter a platina eu já havia zerado o game e pego boa parte dos troféus (a maioria relacionados a história mesmo). Quando olhei a lista de conquistas e vi uma na qual era necessário terminar o jogo em menos de três horas, com 100% dos itens coletados, pensei: má ideia. Meu save state, da primeira vez que finalizei o jogo, indicava que eu demorei 9 horas e 40 minutos para concluir o game com 100%, ou seja, mais que o triplo do tempo necessário para obter o troféu.

O que pesou a favor, para que eu não desistisse, foi justamente o fato de que essas nove horas foram obtidas, literalmente, jogando às cegas. Eu não havia usado nenhum tipo de tutorial para descobrir a localização dos itens. Isso, obviamente, aumentou muito o tempo para concluir o jogo. Com isso em mente, me desafiei a finalizar o game em até três horas, com 100% de itens coletados, porém com o auxílio de um vídeo do Youtube que mostrava a localização dos itens. Com isso meu tempo total de jogo foi de 1 hora e 58 minutos.

Troféu de Platina: Sequin Land Hero

Meu tempo final de jogo

Mais um jogo, que gosto muito, platinado. Será que parei por aqui? A continuação dessa saga você verá na minha coluna de junho. Até lá!