Quem nunca passou horas e horas jogando The King of Fighters? Uma das séries mais queridas entre os fãs de jogos de luta, contou com versões para arcade, Neo Geo, PlayStation, Saturn, Dreamcast e continua presente até hoje, com o jogo mais recente, o KOF XV, mantendo a chama da franquia da SNK acesa.

Mas como sabemos muito bem, por volta dos anos 2000, o Super Nintendo ainda era um dos consoles mais ativos no Brasil. O PlayStation já estava popularizado, mas ainda havia quem encontrasse diversão apenas no 16-bits da Nintendo, por várias razões.

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Assim, restava aos desenvolvedores “independentes” continuar trazendo games para o console, já que o console da Nintendo, apesar de resiliente, já estava vendo não uma, mas duas gerações o superando, com a chegada do GameCube, em 2001. A Nintendo já não lançaria nada de novo para o Super NES, assim como outros estúdios.

Neste contexto, surgiu nos camelôs do Brasil um cartucho bem interessante. Em sua etiqueta, era o sonho de muita gente se tornando realidade: The King of Fighters enfim no Super Nintendo. Claro que, assim como o X-Men vs. Street Fighter, trata-se de um hack, mas que com certeza pegou muita gente desprevenida, achando que o game era mesmo um port real.

O game, feita por uma tal de DVS Electronic Co., tem alguma inspiração nos jogos anteriores da série, com personagens não só da SNK, como também de Street Fighter, ou mesmo de Marvel Super Heroes. Funcionava no mesmo estilo três contra três, onde quem derrotar os três rivais primeiro ganhava a luta. Obviamente, não há cenários “temáticos”, com palcos aleatórios a cada luta.

Há muitas “gambiarras” como os cenários adaptados de outros jogos, ou mesmo a trilha sonora, que é do Final Fight 2. O controle, como não poderia ser diferente, era bem limitado, com muitos bugs e travamentos, além de personagens esquisitos, com cores estranhas. O layout do game era baseado no Neo Geo, com quatro botões.

Foi mais um dos muitos games hacks que enganaram, mas divertiram muita gente. E se quiser relembrar o jogo, dá só uma olhada abaixo neste clássico informal em funcionamento: