
Mais um pacote de jogos de luta da Capcom chegou, e dessa vez eles estão trazendo os jogos lançados para as placas de arcade Naomi, Naomi 2, Namco System 246, entre outras que saíram na geração Dreamcast e PS2.
Os jogos:
Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 Pro
Primeiro grande crossover das duas maiores empresas de jogos de luta de todos os tempos, o jogo conta com algumas mecânicas que unem muito bem os dois universos.
A estreia da escolha do sistema Groove, onde se opta por jogar com o jeitão mais Capcom ou mais SNK.
Capcom vs. SNK 2: Mark of the Millennium 2001
Continuação do primeiro crossover, dessa vez o game vem com 6 opções de Groove, mais personagens e cenários de cair o queixo. Esse jogo provavelmente é o grande destaque dessa coletânea.
Project Justice
Conhecido carinhosamente como Rival Schools 2, Project Justice é a continuação do game lançado na geração anterior de arcades e consoles. Ele faz parte do universo Street Fighter e conta a história de escolas onde os alunos usam suas habilidades em lutas.
O jogo até conta com um modo história bem cheio de textos, mas o destaque vai para as lutas, num sistema em que você escolhe 3 lutadores e pode usá-los tanto como ajuda quanto alternar entre eles de um round para outro. Essa talvez seja a melhor série de jogos 3D da Capcom. Uma pena que o primeiro jogo não faça parte dessa coletânea.
Plasma Sword: Nightmare of Bilstein
O que aconteceria se a Capcom tivesse feito um game de Star Wars? A resposta seria Plasma Sword, mais um game que teve sua primeira versão na geração 3D anterior. Ele é a continuação direta do terrível Star Gladiator.
Em Plasma Sword, o game foi reestruturado tanto em jogabilidade quanto em gráficos, mas ainda assim é um jogo de luta chatinho, sem personalidade. Faz parte da história da Capcom e por isso está aqui.
Talvez o destaque sejam os finais dos personagens, alguns se complementam ou fazem o jogo ter algum sentido. Mas, sério, vá jogar outros games da coletânea.
Capcom Fighting Evolution
No final do sucesso dos games de luta, em alguma sala da Capcom, alguém pensou que, apesar de terem existido crossovers da empresa com a Marvel e com a SNK, eles nunca fizeram algo como The King of Fighters, algo que reunisse as séries Street Fighter, Street Fighter Alpha, Darkstalkers, Red Earth e ainda aproveitasse uma personagem do jogo não lançado Capcom All-Stars. Isso seria incrível, o que poderia dar errado? A resposta foi Capcom Fighting Evolution.
Com um sistema que lembra mesmo o KOF, mas aqui você só escolhe dois personagens, e o pior: cada personagem traz o sistema do seu jogo original. Por exemplo, se você escolhe o Demitri, ele vai trazer todos os atributos dele do jogo original, gráficos, o jeito de se mover, a barra de especial e tudo mais, e assim é com todos.
Jogando hoje e entendendo o cenário da época, em que os arcades fora do Japão já eram algo bem escasso e os games de luta estavam perdendo terreno, Capcom Fighting Evolution soa como um último suspiro, e realmente foi. Só fomos ver um retorno real da Capcom aos games de luta 4 anos depois, com Street Fighter IV.
Apesar disso tudo, o game hoje é divertido e conta com a personagem Ingrid, que está voltando como DLC no Street Fighter 6.
Power Stone
Um dos jogos de luta mais criativos de todos os tempos. Em Power Stone, você é livre em uma arena 3D, onde pode pegar objetos, usá-los como apoio para ter impulso, subir pelas paredes, se pendurar no teto e, o melhor, usar as Pedras do Poder. Quando você junta 3 delas, ganha uma armadura cheia de poder, podendo soltar magias ou simplesmente explodir seu poder de maneira devastadora. Esse foi um jogo que saiu no lançamento do Dreamcast e mostrava o poder do console. Ele foi exclusivo por muito tempo, só teve um tímido relançamento para PSP, onde ganhou uma coletânea com os dois jogos da série.
Power Stone 2
Assim como o primeiro, você está numa arena livre e com as Pedras do Poder, mas agora os cenários, além de interativos, são mortais. Alguns pegam fogo, outros simplesmente explodem, fazendo seu personagem cair caso não consiga achar algo que o salve. Agora você pode jogar com 4 pessoas.
Aqui na redação, jogamos algumas vezes online, e é maravilhoso. Esse aqui é pra juntar os amigos num final de semana e resolver todas as diferenças, ou arrumar novas!
Street Fighter Alpha 3 UPPER
Uma atualização do Street Fighter Alpha 3, com todos os personagens liberados e algumas diferenças do arcade original. Quando ouvimos falar que este jogo estaria na coletânea, achamos que seria parecido com a versão do PSP, que tem personagens a mais, como Maki (Final Fight 2), Ingrid (Capcom Fighting Evolution), entre outros extras. Mas Street Fighter Alpha 3 UPPER é uma versão anterior à do PSP.
Um ótimo game, que foi legal aparecer aqui também, mas Street Fighter tem sua própria coletânea. Deveriam ter colocado um jogo que faltou aqui, mesmo que não seja tão bom, mas que faça parte dessa fase da empresa.
EXTRAS
Como não poderia faltar, a coletânea tem extras interessantes: player com todas as trilhas dos games, ilustrações, algumas inéditas.
Também dá pra jogar os jogos com músicas novas feitas especialmente para esse lançamento pelo time da Capcom.
Online
O online é talvez o grande destaque. Jogamos aqui todos os games no dia do lançamento, e todos funcionaram muito bem. O que mais gostamos aqui na redação foi jogar Power Stone, o primeiro. Aquela dinâmica toda com o cenário funciona bem demais no online.
Mas todos os jogos rodam bem e usam o netcode rollback. Melhor que isso, só jogando ao vivo em um fliperama.
Gráficos
Bom, aqui não vamos entrar em detalhes, pois são jogos antigos que usavam os melhores recursos de suas épocas, mas o problema são os filtros. Desde o primeiro Capcom Arcade Collection, eles escolheram filtros que não ficam realmente bons em telas grandes. Não chega a atrapalhar, mas incomoda nos jogos 3D.
O que faltou
Bom, sentimos aqui a falta do game Tech Romancer, um jogo de luta de robôs inspirados em todo tipo de anime. Ele não é um ótimo jogo, mas Plasma Sword e Capcom Fighting Evolution também não são…
Capcom Fighting Collection 2 mostra que é sempre bom revisitar a história dos jogos, principalmente dos jogos de fliperama, divertidos tanto para tirar um contra quanto para jogar sozinho.