Fonte: Nintendo Life

Todos tem aquele console do coração, não é mesmo? Aquele xodó, que você guarda lembranças maravilhosas de diversão. E eu não sou diferente. Portanto, quero trazer pra vocês um pouco da história de como ganhei meu primeiro grande amor: o Super Nintendo! Vem comigo!

A primeira troca de olhares

O ano era mil novecentos e alguma coisa…a vida era bem mais simples (ou não, como já até debatemos em um outro texto de nossa coluna). Minha rotina era semelhante a de qualquer outra criança da minha idade: acordar cedo, ir à escola, fazer as tarefas, brincar um pouco e dormir.

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Eu tinha um Atari 2600, que herdei de um primo mais velho, mas o console já estava bem surrado e não prendia mais minha atenção. Até que, em um belo dia, fui apresentado àquela caixa cinza com detalhes roxos: o Super Nintendo!

Até então eu já havia jogado alguns games de Master System e Famiclones na casa de alguns primos. Mas nenhuma dessas experiências chegava perto daquilo que vi em uma locadora bem próximo à casa dos meus pais.

Era um dia ensolarado, eu passava em frente ao local com a minha mãe quando ouvi aquela voz dizendo: “Yes, goaaaaal! Replay!”. Era International Superstar Soccer, e o início de uma história de amor. Deixo aqui um vídeo que mostra bem como eram esses bons tempos de locadoras!

O processo de conquista

Pensei comigo: “preciso ir naquele lugar e jogar naquele videogame!”. Consegui convencer meu pai a ir comigo, e passamos uma tarde jogando International Superstar Soccer. Lembro como se fosse hoje, até meu pai que não era tão familiarizado se divertiu bastante comigo. Depois disso criamos o hábito de sempre ir à “quadra” (assim chamavam as locadoras por aqui, pasmem), e isso tudo começou a criar um desejo em minha mente: quero um Super Nintendo!

Como vocês já devem imaginar, o processo de tentativa de persuasão paterna iniciou, e seguiu por algum tempo de forma incansável. Porém, meus pais não tinham condições de comprar um Super Nintendo pra mim…é sabido por todos que no início dos anos 90 a situação financeira da população não era das melhores, e as coisas custavam valores bem altos para os padrões de uma família simples. Comecei então a perder as esperanças, e já via a tela de game over do meu sonho chegando cada vez mais perto.

Feitos um para o outro…

Foi então que, em um dia normal, eu estava em casa fazendo minhas tarefas da escola. Então, uma voz rompeu o silencio e vi que era meu pai me chamando. Prontamente atendi, e descobri que precisava correr pra me arrumar pois teríamos que ir até a casa da minha avó.

Eu adorava ir na casa dela, era um lugar que tinha realmente cara de casa de avó…boas lembranças. Chegamos lá, pedi a benção para ela e fui brincar no terraço. Alguns minutos depois, vejo vovó vindo em minha direção com uma caixa grande, toda embalada. Pensei: “mas o que será isso?”

“Isso é pra você, meu neto. Espero que goste”. Ouvi e avancei no embrulho, rasquei a embalagem com a rapidez e precisão de um jogador de Ninja Gaiden, e tive uma enorme surpresa: era um Super Nintendo novinho! Quase morri de tanta alegria!

Era um SNES Playtronic, na versão Super Set, que vinha com Super Mario World incluído. Simplesmente sensacional! A partir daquele dia, minha vida não foi mais a mesma. Pude desfrutar de clássicos que moldaram minha vida como gamer, e que até hoje moram no meu coração!

Esse era o modelo do meu Super Nintendo! Fonte: Consolevariations.com

Eterna Lua de Mel

Quantas alegrias esse SNES me trouxe…muitas amizades surgiram por causa dele, muitas horas de diversão desfrutei com esse maravilhoso console. Até hoje tenho ele ainda comigo, todo amarelado, bem surrado, mas que faço questão de mantê-lo desse jeito, pois as marcas do tempo são provas do quanto ele foi usado para me fazer feliz.

Meu Super Nintendo surrado, e minha fita de Super Mario World. Fonte: Acervo Pessoal

Esse é um relato simples e nostálgico de como eu ganhei meu Super Nintendo. Tenho certeza que você também tem ótimas lembranças de quando ganhou aquele console que mexeu com seu coração. Sendo assim, te convido pra compartilhar conosco nos comentários essas memórias! E não se esqueça: em breve teremos mais textos novos sobre jogos velhos! Valeu!