O ano é 1995 e durante os dias que antecedem o Natal, você está livre para jogar videogame durante a tarde inteira. Então senta-se no chão da sala de estar, entre o sofá e a televisão de tubo, assopra a fita e a insere no console para começar a se divertir no seu jogo 2D preferido. Em um instante, sua mãe pede para desligar o videogame e ir brincar na rua com os amigos! Essa é a nostálgica e imersiva premissa de Pixel Ripped 1995. Esse é o segundo jogo da franquia, criada pela brasileira Ana Ribeiro, e publicado pelo estúdio ARVORE para os principais headsets de realidade virtual.
Em Pixel Ripped 1995, você assume, na maior parte do tempo, o papel de David Keene, um jovem de nove anos natural de Nova Jersey. O jovem é o melhor jogador de videogames do mundo. Esse motivo o faz ser selecionado pela heroína Dot a ajudá-la na aventura contra Cyblin Lord. O vilão roubou novamente a “Pedra de Pixel”, causando um conflito entre o mundo dos videogames e o mundo real.
Após assoprar o cartucho e inseri-lo em um console, que remete a um Super Nintendo, David começa a jogar “Pixel Ripped: A Dot to the Future”. Jogo esse que claramente foi inspirado em “The Legend of Zelda: A Link to the Past”. Enquanto isso, somos apresentados aos demais personagens do jogo. A apresentação começa por Mike, amigo e vizinho que está sempre menosprezando a sua jogatina; Greg, o pai desengonçado e distraído e Karen, uma mãe amorosa e preocupada com o filho viciado por videogames.
O que torna Pixel Ripped especial é como ele nos faz jogar videogame retrô dentro da realidade virtual, e como o jogador interage com os dois ambientes ao mesmo tempo. Nesse contexto estamos falando do mundo real do David e o universo dos jogos retrô da Dot, que evolui dos 16 para os 32-bit em seis capítulos.
O jogo nos faz passear por ambientes clássicos dos anos 90, como uma locadora, um espaço de fliperamas, o porta-malas da perua de Greg, o quarto do David e a sala da família Keene. Os jogos homenageados daquela década são muitos, dentre eles: Super Metroid, Sonic the Hedgehog, Star Fox 64, Castlevania – Dracula X, Donkey Kong Country, Road Rash, Streets of Rage, Mortal Kombat e Crash Bandicoot.
Além de todas as referências dos anos 90, gostaria de destacar a brilhante trilha sonora original produzida por “Moonsailor” para o Pixel Ripped 1995. As músicas criadas remetem, com muita propriedade, à época na qual o jogo se passa. A trilha sonora está disponível no Spotify.
Definitivamente, Pixel Ripped 1995 é uma imersiva viagem no tempo para a saudosa década de 90. É um jogo que injeta nostalgia nas nossas veias e nos faz relembrar ótimas memórias, de nossas infâncias, com os videogames!