Então é Natal

Dezembro costuma trazer um sentimento de saudosismo ou até nostalgia. Aquela época do ano das férias escolares, dos encontros de família, das comidas diferentes e dos presentes. É bem provável que grande parte dos entusiastas dos videogames tenham o Natal como referência pessoal de uma data especial. Dia de ganhar consoles e jogos dos pais, avós, tios e do Papai Noel.

PROPAGANDA

Independente da geração, é no Natal que, na maior parte das vezes, ganhamos os melhores presentes seja qual for seu nível social, sua religião ou crença. Aproveitar esses presentes nas férias é o que mais importa para as crianças nessa época, independente de qual geração elas sejam.

E falando da minha geração, que começamos basicamente com os Pongs ou o Atari 2600 e seus clones, é do Natal que as lembranças mais marcantes de se ganhar um videogame vem a mente. Propagandas na TV ou nas revistas. A sensação de abrir uma caixa grande e revelar um aparelho de videogame tão desejado e não ver a hora de poder ligá-lo na TV. Quem não se lembra do famoso vídeo do garoto que ganhou o Nintendo 64 no Natal? (“Nintendo Sixty fooooouuuurrr!“). Se você já sentiu o que esse garoto demonstra sabe do que estou falando.

Alguns jogos ainda homenageiam essa época de forma direta ou indireta, causando ainda mais sensação de saudosismo do período de final de ano, como Daze before Christmas, Clay Fighters, Home Alone, Animal Crossing, Christmas Lemmings e tantos outros que, de alguma forma, trazem o Natal para o jogo.

Um jogo que me marcou muito na época foi o Batman Returns, de Super Nintendo. Jogo lançado em 1993 baseado no filme de mesmo nome dirigido por Tim Burton, no ano anterior. O jogo foi impactante, já que trazia um jogo estilo luta de rua (beat’n up) com gráficos lindos, jogabilidade muito boa e um dos personagens que eu mais gostava, Batman. Como no filme, o jogo se passa na época de Natal, o que fica mais evidente na primeira fase do jogo, por conta do cenário. Aquele “Final Fight” do Batman é inesquecível para quem teve a experiência de ver ou jogar naquele período.


É claro que cada pessoa tem suas histórias gamísticas de Natal e uma das que mais me traz sentimento de saudosismo e nostalgia é de 2006, quando comprei um Nintendo DS Lite branco. A noite de Natal, na casa dos meus pais, foi jogando New Super Mario DS e Yoshi Island DS com minha namorada, hoje minha esposa.

No ano seguinte, 2007, foi a vez do Wii. E novamente um Natal repleto de jogatina e dessa vez com a família toda, já que o Wii permite múltiplos jogadores em jogos simples e revolucionários para a época. Foi a noite de Wii Sports.


Coincidentemente ambos os relatos natalinos que destaquei aqui foram com consoles da Nintendo, muito provavelmente porque os comprei no Natal. Creio que seja apenas por isso, e claro pela qualidade dos jogos principalmente por serem jogos “família”.

Videogames combinam bem com Natal, não apenas pelos presentes e por ganhar ou comprar um console ou jogo, mas por reunir as pessoas, a família e muitas vezes proporcionar horas de interação com parentes que muitas vezes você só vê ou têm contato nessa época.

A pandemia da Covid19 trouxe um Natal diferenciado em 2020, com mais cuidados e com menos pessoas (ao menos é o que se esperava das pessoas cuidadosas). Em 2021 o Natal promete um pouco mais de segurança e reuniões familiares com mais pessoas, mas importante sempre manter a maior segurança possível.

Já providenciamos em casa um Arcade com Raspberry Pi dentro para relembrarmos os tempos áureos dos arcades no feriado prolongado de Natal e Ano Novo. Um dos meus jogos de Natal é Golden Axe (Arcade / Mega Drive) que tenho que revisitar sempre nessa época, jogando com mais uma pessoa da família.

E você? Conte para nós suas melhores experiências natalinas com consoles e jogos.